EM 3 de março de 1513, o explorador espanhol Juan Ponce de León empreendeu uma expedição notável. Ele partiu de Porto Rico na expectativa de chegar à ilha de Bimini. Segundo a lenda, ele procurava uma fonte milagrosa
Hoje, as pessoas em geral não vivem muito mais do que 70 ou 80 anos. Embora a Bíblia mencione pessoas que viveram bastante tempo, o Guinness
Mark Benecke, no seu livro The Dream of Eternal Life (O Sonho da Vida Eterna), observa: “Quase todo o corpo é renovado várias vezes no decorrer da vida da pessoa. . . . Depois de cerca de sete anos, somos pessoas novas no real sentido da palavra.” No entanto, isso não continua para sempre, porque as células deixam de se multiplicar depois de um determinado número de divisões. No entanto, se esse não fosse o caso, diz Benecke, “o corpo humano poderia regenerar-se por um tempo bem longo
Analise também a espantosa capacidade do cérebro humano, que supera em muito qualquer uso que poderíamos fazer dele durante a nossa vida relativamente curta. Segundo a Encyclopædia Britannica, o cérebro humano “é dotado de um potencial consideravelmente maior do que se consegue utilizar no decurso da vida de uma pessoa”. (Edição de 1976, Volume 12, página 998) O livro How the Brain Learns (Como o Cérebro Aprende), de David A. Sousa, declara: “Para todos os efeitos, a capacidade do cérebro de acumular informações é ilimitada.”
Por que os pesquisadores não conseguem encontrar uma razão fisiológica para a morte? E por que o cérebro humano tem uma capacidade tão enorme? Há alguma possibilidade de termos sido projetados para continuar a assimilar conhecimento para sempre? Por que conseguimos imaginar a vida eterna?
A Bíblia declara: “[Deus] pôs até mesmo tempo indefinido no seu coração, para que a humanidade nunca descobrisse o trabalho que o verdadeiro Deus tem feito do começo ao fim.” (Eclesiastes 3:11) Essas palavras indicam que Deus implantou em nós a idéia de viver para sempre. Sendo assim, sempre teríamos algo para aprender sobre ele e suas obras. Se nós vivêssemos incontáveis bilhões de anos
As palavras de Jesus Cristo também mostram que a vida humana sem fim é possível. Ele disse: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3) E você? Gostaria de viver para sempre?
“NÃO tenho medo de morrer”, disse uma senhora idosa no Japão a uma evangelizadora. “Mas fico angustiada quando penso que terei de me separar das minhas flores.” Ao ver o seu lindo jardim, a ministra cristã entendeu por que essa senhora se sentia assim. Muitos que dizem não ter medo de morrer dão grande valor às maravilhas da criação e até pensam na possibilidade de viver para sempre.
Viver para sempre? Muitos rejeitariam tal hipótese. Alguns talvez até mesmo digam que não lhes agrada essa idéia. Por que alguém pensaria assim?
Alguns acham que seria. Talvez exemplifiquem isso com a vida monótona de muitos aposentados, que ficam sentados a maior parte do tempo na frente da televisão. Se você também pensa assim, veja o que disse o astrônomo Robert Jastrow quando lhe perguntaram se a vida eterna seria uma bênção ou uma maldição. Ele respondeu: “Seria uma bênção para aqueles que têm mente curiosa e infindável ânsia de aprender. A idéia de que dispõem da eternidade para assimilar conhecimento seria muito confortadora para eles. Mas para outros que acham que já aprenderam tudo que poderiam aprender, e cuja mente é fechada, seria uma temível maldição. Eles não encontrariam meios de preencher seu tempo.”
Achar que a vida eterna seria tediosa, ou não, depende muito da sua atitude. Se tiver ‘uma mente curiosa e infindável ânsia de aprender’, imagine o que poderia realizar nos campos da arte, da música, da arquitetura, da jardinagem, ou em qualquer outra atividade que o interesse. A vida eterna na Terra ofereceria maravilhosas perspectivas para desenvolver seu potencial em diversos campos.
Poder demonstrar e sentir amor para sempre tornaria a vida eterna realmente satisfatória. Fomos criados com a capacidade de demonstrar amor, e quando nos sentimos amados nos desenvolvemos bem como pessoa. Compartilhar o amor verdadeiro traz profunda satisfação, que não se apaga com o passar do tempo. Viver para sempre daria a infindável oportunidade de cultivar amor, não só a outros humanos, mas especialmente a Deus. “Se alguém ama a Deus”, disse o apóstolo Paulo, “este é conhecido por ele”. (1 Coríntios 8:3) Que perspectiva maravilhosa
Alguns acham que é a brevidade da vida que a torna preciosa. Talvez comparem a vida com o ouro, que existe apenas em pouca quantidade. Se o ouro pudesse ser encontrado em toda parte, dizem eles, seu valor diminuiria. Ainda assim, o ouro seria belo. O mesmo se dá com a vida.
Poderíamos comparar a vida eterna com respirar uma grande quantidade de ar. Marinheiros que estivessem retidos num submarino impossibilitado de emergir considerariam o ar especialmente valioso. Depois de resgatados e trazidos à superfície, acha que então se queixariam de ter muito ar? Claro que não!
Nós, como esses marinheiros, podemos ser resgatados com a perspectiva ainda maior de ter vida eterna. “O salário pago pelo pecado é a morte”, escreveu o apóstolo Paulo, “mas o dom dado por Deus é a vida eterna por Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Romanos 6:23) Por meio do sacrifício resgatador de Jesus, Deus eliminará a imperfeição e a morte, e presenteará a humanidade obediente com a vida eterna. Devemos ser muito gratos por isso!
Alguns talvez pensem: ‘E os meus parentes e amigos? Sem eles a vida eterna na Terra não teria muito significado para mim.’ Talvez você tenha estudado a Bíblia e aprendido sobre a possibilidade de ter vida eterna num paraíso terrestre. (Lucas 23:43; João 3:16; 17:3) E, naturalmente, deseja que membros da sua família e outros amigos queridos estejam lá, sentindo a mesma alegria que você espera ter no prometido novo mundo de justiça de Deus.
Mas o que dizer se seus amigos e parentes não mostram nenhum interesse em viver para sempre numa Terra paradísica? Não fique desanimado por causa disso. Continue a estudar a Bíblia e a pôr em prática as coisas que aprende. O apóstolo Paulo escreveu: “Esposa cristã, como é que você pode ter certeza de que não vai salvar o seu marido? E você, marido cristão, como é que você pode ter a certeza de que não vai salvar a sua esposa?” (1 Coríntios 7:16, Bíblia na Linguagem de Hoje) As pessoas podem mudar. Por exemplo, certo homem que antes se opunha ao cristianismo mudou, e mais tarde se tornou ancião na congregação cristã. Ele diz: “Sou muito grato por minha querida família ter se apegado lealmente aos princípios bíblicos durante todo o tempo que me opus à sua fé.”
Deus se preocupa muito com sua vida e a de seus entes queridos. De fato, “Jeová . . . não deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento”. (2 Pedro 3:9) Jeová Deus quer que você e aqueles que você ama vivam para sempre. O amor dele é maior do que o de humanos imperfeitos. (Isaías 49:15) Então, por que você não cultiva um bom relacionamento com Deus e ajuda seus entes queridos a fazer o mesmo? Talvez eles não tenham a esperança de viver para sempre, mas ao verem você agir em harmonia com o conhecimento exato da Bíblia, a atitude deles pode mudar.
E os parentes e amigos que já morreram? Aos que já morreram a Bíblia oferece a maravilhosa esperança de ressurreição, ou seja, acordarem da morte e viverem no Paraíso na Terra. Jesus Cristo prometeu: “Vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais . . . sairão.” (João 5:28, 29) Mesmo os que morreram sem conhecer a Deus serão trazidos de volta à vida, porque a Bíblia declara: “Há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos.” (Atos 24:15) Realmente dará muita satisfação acolher tais pessoas de volta à vida.
Se apesar de todas as dificuldades neste mundo você consegue ter felicidade e contentamento, certamente terá prazer em viver eternamente na Terra paradísica. Entretanto, quando uma Testemunha de Jeová falou sobre as bênçãos que a vida eterna traria, certa senhora disse: “Eu não quero viver para sempre, 70 ou 80 anos são o suficiente para mim.” Um ancião cristão, que estava junto, perguntou: “A senhora já pensou como se sentiriam seus filhos se a senhora morresse?” Os olhos dela se encheram de lágrimas quando pensou no sofrimento deles. “Pela primeira vez me dei conta do meu egoísmo”, admitiu ela, “e pude compreender que a vida eterna não é uma esperança egoísta, mas envolve viver para outros”.
O amor a Deus e ao próximo fará com que a vida eterna seja gratificante
Alguns talvez achem que ninguém se importa se eles viverem ou morrerem. No entanto, nosso Dador da Vida mostra que se importa ao dizer: “Assim como vivo, . . . não me agrado na morte do iníquo, mas em que o iníquo recue do seu caminho e realmente continue vivendo.” (Ezequiel 33:11) Visto que Deus se preocupa tanto com a vida até mesmo dos iníquos, ele certamente se importa muito com os que o amam.
O Rei Davi, do Israel antigo, confiava no cuidado amoroso de Jeová. Davi disse certa vez: “Caso meu próprio pai e minha própria mãe me abandonassem, o próprio Jeová me acolheria.” (Salmo 27:10) É bem provável que Davi tivesse certeza de que seus pais o amavam. No entanto, mesmo que seus pais